QUEM CONHECEMOS NÓS...?
Um dia, cheio de dores nas costas, vi-me impedido de dar um nó aos ténis. Caminhava com bastante cuidado para não cair, quando alguém atento, resolveu dar-me uma mãozinha e sem eu lhe pedir, abotoou-me os ténis. A minha alma ficou parva. Era o Paulo, um colega de trabalho. Agradeci-lhe e senti-me em divida para com aquela pessoa. Mais tarde, visualizei uma situação que me deixou pensativo. Essa mesma pessoa a falar mal e a gozar um outro amigo meu, o José, numa situação maldosa e covarde. Senti-me indignado, mas só observei.
Alguns dias depois falava eu com o Paulo, quando o José apareceu. Este talvez por me ver a falar com ele, mudou de direcção e nem me cumprimentou de longe sequer. Virei-me na direcção dele, pasmado com o seu acto, quando o Paulo se saiu com um comentário feio acerca do José e me virou costas, partindo para longe sem mais nada dizer.
Indignado e algo confuso com a situação, contei tudo ao meu amigo Andrade. Fez-me bem desabafar. Não sabia era que o Andrade os conhecia aos dois e que resolvera partilhar com ambos os meus desabafos, dando uma conotação negativa aos mesmos. A partir desse dia, o Paulo e o José deixaram de me falar, e tornaram-se grandes amigos. A confusão tomava conta de mim e resolvi pedir satisfações ao Andrade. A resposta dele foi que nada tinha a ver com a situação, pois não lhes tinha dito nada. Fiquei realmente chateado com tamanha falsidade e eu próprio deixei de falar ao Andrade. Saí dali e refugiei-me longe de todos…
A partir desse dia, descobri que não conhecia ninguém, embora conhecesse…
OBS: Esta história é pura ficção e qualquer parecença com a realidade é pura realidade.
(Nunixtreme)
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