DESABAFOS PARA MENORES DE 18

JUVENTUDE

Tinha tanta esperança,
De algum dia ser forte;
Para me safar sozinho,
E nunca conhecer a morte;

Mas nem sempre a vida é,
Como eu e tu a queres;
E a sorte é despida,
Pelo que tanto temes;

As miúdas, a escola;
Um problema a valer;
Quando entras, não sais;
E só te apetece morrer;

A chatice dos pais,
Que não nos compreendem;
Os actos anormais,
Daqueles que nos ofendem;

É difícil ser jovem,
E geração rasca ser;
Com controlo em excesso,
E a liberdade perder.

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JUVENTUDE

Foi num dia de desespero,
Que te encontrei na rua;
A olhar para mim espero,
Mas a esperança era tua;

Com vontade de te ter,
Dirigi me ao pé de ti;
Mas eu nem podia crer,
Que tu nem olhaste para mim;

Eras demasiado crescida,
Para a minha pessoa;
O problema era seres gira,
E seres uma grande boa;

Fiquei todo atrapalhado,
E com ódio de mim mesmo;
Que saí dali desgovernado,
Á procura de outro amor,
O qual me desse valor;

A caminhada foi em vão,
E já estava bem cansado;
Ainda tive de ouvir a mãe,
Por ter chegado atrasado;

O choque foi de maneira tal,
Que, enervado, mandei um berro;
E fechei me no meu quarto,
A pensar no meu enterro;

Já não aguentava mais,
Viver naquele pesadelo;
Até que alguém me acordou,
E ensinou a não teme-lo;

Era uma miúda alegre,
E bem gira que ela era;
De certeza que ela escreve,
Como eu escrevo por ela;


Este inferno chegou ao fim,
E ainda bem que assim é;
Pois nem tudo é mau assim,
Como foi e já não é;

Que eu não consiga mais escrever,
Que eu jamais volte a rimar,
Se depois de eu crescer,
Me voltar a enganar.


(Nunixtreme)